Diga
e pense o que quiser a respeito do chefe da Igreja Católica, e discorde
de todos os pontos que ele defende. Ainda assim é inescapável o fato
de que ele representa uma voz de genuína autoridade moral em meio a uma
cultura política totalmente pútrida e carente de genuínos porta-vozes da
verdade.
E é por isso que é extremamente patético e repugnante
ver sórdidas figuras políticas se esmerando para aparecer ao lado do
sumo pontífice em cerimônias especiais, fazendo discursos e poses para
fotos ao lado de um líder que impõe um respeito natural, respeito este
que nenhum político ou chefe de estado usufrui.
Mas não deixa
de ser divertido ver políticos, sempre tão acostumados a ser o alvo das
pompas, subitamente terem de trocar de posição e se rebaixarem ao papel
de meros coadjuvantes perante um chefe de estado que, ao contrário
deles, usufrui respeito e admiração genuínos, sem que para isso tenha de
fazer promessas assistencialistas e contar mentiras populistas.
Políticos se submetem a esse protocolo porque sabem que o papa é um dos
poucos seres humanos da terra que não podem ser ameaçados ou coagidos
por nenhum governo. O papa — bem como outros líderes religiosos — pode
não ter nenhum regimento de soldados, mas ele tem algo de fazer inveja
aos políticos, para grande desespero destes: um exército de seguidores
voluntários, que o admira por aquilo que ele é, e não por aquilo que ele
promete fazer.
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